Alguns preocupam-se com o planeta, recursos escasseando.
Outros com este Brasil desigual, deseducado e aquém de seu potencial.
Alguns de nós sofrem ao andar em nossas ruas, seja por crise hídrica, violência, estagnação.
Outras vezes, a dor é na família. Separação, morte, loucura, doença.
Ou um trabalho que não realiza, um chefe difícil, um salário insuficiente para os sonhos.
Mais dentro, mais fundo ainda, nossas crises mais íntimas:
Gostar-se. Expandir-se. Amar e ser amado. Pertencer. Subsistir. Alegrar-se.
Não importa a geografia, a cor da pele, a língua materna. Somos todos humanos.
Qual é a sua crise?
Crise é oportunidade, diz o clichê.
Sábio clichê.
Mas como tudo que é superficial, não dá conta dos riscos da travessia.
Mesmo que se vislumbre os benefícios de enfrentar a crise, como atravessar o medo e a ansiedade?
Como chegar na outra margem, mais confiante, mais feliz, mais inteiro?
Responsabilidade.
Confiança.
Gentileza.
Assim acreditamos.
Responsabilidade que é habilidade de responder. Chamar para si o que está ao nosso alcance. Abandonar o que está além de nossos limites.
Andar firme no caminho do meio entre onipotência e impotência.
#1. Pergunte-se: O que posso fazer a respeito desta crise?
Confiança que é escolher a esperança.
Fé, entrega, resiliência. Buscar colaboradores, buscar pontos de apoio para firmar-se.
Confiança que é despir-se das máscaras e anestesias, para entender o que realmente dói e o que realmente importa.
Criar coragem para fazer o mais certo para si e para o mundo.
#2. Forme uma imagem de como estará quando tiver tido êxito em atravessar a crise.
Gentileza consigo.
Cuidar-se. Apreciar-se com imperfeições. Honrar aprendizados. Ser grato pelo que recebeu.
Gentileza com o outro.
Desenvolver empatia: como é vestir este sapato alheio, saber suas dores, seus sentimentos?
Quem é meu irmão, companheiro possível de travessia?
#3. Identifique seus parceiros: Quem pode me ajudar na minha crise? Quem posso ajudar na sua crise?
Não é fácil. Ser feliz dá trabalho.
Mas um herói é aquele disposto a enfrentar sacrifícios por uma causa maior.
Qual é a sua causa? Qual é a sua crise?
18/04/2015
01/04/2015
Mãos dadas
"Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente"
Carlos Drummond de Andrade
Todos nós lidamos com crises.
A falta de chuva (ou excesso dela).
Desemprego, violência, desperdício de recursos.
Conflitos, rupturas, disputas veladas.
Sentimentos de inadequação, frustração, tristeza.
A lista é longa demais, mas não percamos a esperança.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não há receita fácil para lidar com o difícil. Mas juntos, sempre há mais caminhos.
Sim, pode nos faltar coragem. A tentação de escapar, fingir que não vemos.
Por isso é preciso dar-se as mãos.
Para que a boa luta seja enfrentada. A mudança necessária aconteça.
Para que ao por o dedo nesta ferida, vislumbremos uma possível cura.
Mas não é preciso ir só.
Vamos de mãos dadas.
Se está difícil, amedrontador, cansativo.
Vamos de mãos dadas.
Leonardo Boff já dizia: em tempos de muita correnteza, só de mãos dadas não nos perderemos.
Este é um tempo assim.
Caudaloso.
Mas acreditamos na força de compartilhar sonhos. No poder do aprender coletivo. Na força da cooperação.
Estamos presos à vida e olhamos vocês, companheiros de jornada heróica.
Para facilitar a travessia, criamos um novo espaço de encontrar pistas para uma vida com menos medo e ansiedade.
Esta é o nosso convite para uma Vida Nova!
Bom Pessach, Boa Páscoa!
Bom Pessach, Boa Páscoa!
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