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26/08/2014

Para o sonho sair do papel

Às vezes, é uma vontade de fazer mudanças. Na vida pessoal, na carreira, nos dois.
Outras, de seguir um chamado de dentro. Tentar uma trilha paralela. Cultivar algo novo.
Em comum, o desejo de um diálogo entre “pessoa física” e “pessoa jurídica”: Um alinhamento maior entre vidas pessoal e profissional.



Não importa qual a motivação, o melhor caminho é primeiro para dentro, para então seguir em frente:

1) Quem sou eu?
Compreender nossa própria história é a chave para muitos caminhos.
Do que tenho orgulho?
Quais foram os momentos difíceis e como os atravessei?
Quem foi (é) importante na minha caminhada?
O que aprendi com erros e acertos?
O que se repete ao longo do tempo?

Um segredo é olhar para as respostas com um olhar apreciativo. Honrar o caminho percorrido. Valorizar os feitos e agradecer toda a ajuda recebida. Ser grato pelas pedras da estrada, nossas grandes mestras.

Conhecer-se é ampliar as próprias asas.

2) Quais minhas habilidades?

Nascemos com uns tantos dons e para chegar onde estamos, foi preciso desenvolver muitos outros recursos.
Mapear estas fortalezas é fundamental para avançar rumo ao sonho.
O que as pessoas mais me pedem para fazer? E o que me agradecem quando eu faço?
Não é suficiente saber o que fazemos bem. É igualmente importante vigiar os excessos e faltas.
Se tenho um talento e exagero, bem posso estar criando obstáculos: Ser generoso demais; ouvir demais; fazer demais.
Se não vivo uma habilidade em sua plenitude, também posso criar barreiras: falar de menos; dar limites de menos; pausar de menos.
Usar nossas ferramentas com equilíbrio é difícil, exercício de vida inteira. Mas com o tempo e a prática, navegaremos em águas mais favoráveis, impulsionados por nosso melhor.

3) Cultivar um sonho de bom tamanho
Não basta sonhar. É preciso sonhar de bom tamanho.
O que isto quer dizer?
Todos conhecem Ícaro, que ao escapar do labirinto do minotauro, seduziu-se pelo sol e subiu alto demais, destruindo suas asas e desabando no mar.
No entanto, poucos ouviram falar de Dédalo, seu pai. Ele que construiu as asas e avisou ao filho: “Não voe tão baixo que encharque as penas, nem tão alto que derreta a cera”.
Assim numa distância sábia entre o alto da fantasia e o baixo da mediocridade, Dédalo alcançou a outra margem e seguiu sonhando e realizando seus sonhos.
E este é o convite que fazemos sobre todos os sonhos:

- Este sonho é específico o suficiente?
- Como posso planejá-lo para que esteja ao meu alcance?
- De que recursos preciso para fazê-lo real?
- Quem pode ser parceiro nesta empreitada?

É possível tecer sonhos inspiradores e grandiosos, dentro de nossa possibilidade de realizá-los. Dar a volta ao mundo começa com uma viagem. A paz mundial começa com cada um vivendo a colaboração e harmonia dentro de sua comunidade e geografia.

4) Mão na massa
Quando nos apropriamos de nossa história, habilidades e sonhos é possível avançar.
Quais os primeiros passos simples que posso dar?
Quem pode me ajudar?
O que preciso aprender, praticar, testar?

Podemos nos perguntar, podemos perguntar aos outros. À medida que colocamos as respostas em prática, estamos vivendo nosso sonho, ganhamos asas.

Mas não voemos sozinhos. Sejamos um bando de pássaros, lado a lado. Para que a soma de nossos talentos seja posta a serviço, não somente nosso, mas de todo mundo.

Para que em nossas eventuais quedas, possamos contar com um braço amigo para nos levantar do chão.

Como diria Carlos Drummond de Andrade: “Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”.

Vamos?